Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

domingo, 31 de maio de 2009

Psicografia

Sê pacífico

Sempre que possível, presta-te ao concurso de contribuir com o melhor de ti, na busca de restabelecer a paz nas tuas relações com teu irmão de caminhada.

Procura perdoar os erros do teu semelhante, cometidos contra tuas melhores aspirações. Nada é mais importante do que teu equilíbrio interior, e, a tua paz depende também do esforço que dedicares em plantar a semente da concórdia em tuas relações sociais.

Teu irmão, assim também como tu mesmo, está em processo de burilamento interior, lutando contra os seus equívocos e tendências do passado, e carece da tua compreensão e ajuda. Colabora com ele, pois, também estás sujeito a equívocos e erros, e conforme nos ensina a Oração de São Francisco de Assis, "é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado".

Todos temos momentos de desequilíbrios, em que a compreensão do próximo é preciosa para nosso soerguimento. Ama teu semelhante, como teu verdadeiro irmão que é, filho do mesmo Pai que também te deu a vida, para que juntos um dia, possam desfrutar da ventura de serem felizes um ao lado do outro, no estado de Espíritos Puros que ambos atingirão um dia.

Ajuda na implantação da paz, pacificando-te também.

Espírito: Josepha
Por: Francisco Reobuças.

Biografias

Camille Flammarion

Nascido em Montigny-le-Roi, França, no dia 26 de fevereiro de 1842, e desencarnado em Juvisy-sur-Orge, mesmo país, a 4 de junho de 1925.

Flammarion foi um homem cujas obras encheram de luzes o século XIX. Ele era o mais velho de uma família de quatro filhos. Entretanto, desde muito jovem, se revelaram nele qualidades excepcionais. Queixava-se constantemente que o tempo não lhe deixava fazer um décimo daquilo que planejava. Aos quatro anos de idade já sabia ler, aos quatro e meio sabia escrever e aos cinco já dominava rudimentos de gramática e aritmética. Tornou-se o primeiro aluno da escola onde freqüentava.

Para que ele seguisse a carreira eclesiástica, puseram- no a aprender latim com o vigário Lassalle. Aí Flammarion conheceu o Novo Testamento e a Oratória. Em pouco tempo estava lendo os discursos de Massilon e Bonsuet. O padre Mirbel falou da beleza da ciência e da grandeza da Astronomia e mal sabia que um de seus auxiliares lhe bebia as palavras. Esse auxiliar era Camille Flammarion, aquele que iria ilustrar a letra e a significação galo-romana do seu nome − Flammarion: "Aquele que leva a luz".

Nas aulas de religião era ensinado que uma só coisa é necessária: "a salvação da alma", e os mestres falavam: "De que serve ao homem conquistar o Universo se acaba perdendo a alma?".
Foi dura a vida dos Flammarions, e Camille compreendeu o mérito de seu pai entregando tudo aos credores. Reconhecia nele o mais belo exemplo de energia e trabalho; todavia, essa situação levou-o a viver com poucos recursos.

Camille, depois de muito procurar, encontrou serviço de aprendiz de gravador, recebendo como parte do pagamento casa e comida. Comia pouco e mal, dormia numa cama dura, sem o menor conforto; era áspero o trabalho e o patrão exigia que tudo fosse feito com rapidez. Pretendia completar seus estudos, principalmente a matemática, a língua inglesa e o latim. Queria obter o bacharelado e por isso estudava sozinho à noite. Deitava-se tarde e nem sempre tinha vela.

Escrevia ao clarão da lua e considerava-se feliz. Apesar de estudar à noite, trabalhava de quinze a dezesseis horas por dia. Ingressou na Escola de desenho dos frades da Igreja de São Roque, a qual freqüentava todas as quintas-feiras. Naturalmente, tinha os domingos livres e tratou de ocupá-los. Nesse dia, assistia às conferências feitas pelo abade sobre Astronomia. Em seguida tratou de difundir as associações dos alunos de desenho dos frades de São Roque, todos eles aprendizes residentes nas vizinhanças. Seu objetivo era tratar de ciências, literatura e desenho, o que era um programa um tanto ambicioso.

Aos 16 anos de idade, Camille Flammarion foi presidente da Academia, a qual, ao ser inaugurada, teve como discurso de abertura o tema As Maravilhas da Natureza. Nessa mesma época, escreveu Cosmogonia Universal, um livro de quinhentas páginas; o irmão, também muito seu amigo, tornou-se livreiro e publicava-lhe os livros. A primeira obra que escreveu foi O Mundo antes da Aparição dos Homens, o que fez quando tinha apenas 16 anos de idade. Gostava mais da Astronomia do que da Geologia. Assim era sua vida: passar mal, estudar demais, trabalhar em exagero.

Um domingo desmaiou no decorrer da missa, por sinal, um desmaio muito providencial. O doutor Edouvard Fornié foi ver o doente. Em cima da sua cabeceira estava um manuscrito do livro Cosmologia Universal. Após ver a obra, achou que Camille merecia posição melhor. Prometeu-lhe, então, colocá-lo no Observatório, como aluno de Astronomia. Entrando para o Observatório de Paris, do qual era diretor Levèrrier, muito sofreu com as impertinências e perseguições desse diretor, que não podia conceber a idéia de um rapazola acompanhá-lo em estudos de ordem tão transcendental.

Retirando-se em 1862 do Observatório de Paris, continuou com mais liberdade os seus estudos, no sentido de legar à Humanidade os mais belos ensinamentos sobre as regiões silenciosas do Infinito. Livre da atmosfera sufocante do Observatório, publicou no mesmo ano a sua obra Pluralidade dos Mundos Habitados, atraindo a atenção de todo o mundo estudioso. Para conhecer a direção das correntes aéreas, realizou, no ano de 1868, algumas ascensões aerostáticas.

Pela publicação de sua Astronomia Popular, recebeu da Academia Francesa, no ano de 1880, o prêmio Montyon. Em 1870, escreveu e publicou um tratado sobre a rotação dos corpos celestes, através do qual demonstrou que o movimento de rotação dos planetas é uma aplicação da gravidade às suas densidades respectivas. Tornando-se espírita convicto, foi amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, tendo sido o orador designado para proferir as últimas palavras à beira do túmulo do Codificador do Espiritismo, a quem denominou "o bom senso encarnado".

Suas obras, de uma forma geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados e são as seguintes: Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais, As Maravilhas Celestes, Deus na Natureza, Contemplações Científicas, Estudos e Leitura sobre Astronomia, Atmosfera, Astronomia Popular, Descrição Geral do Céu, O Mundo antes da Criação do Homem, Os Cometas, As Casas Mal-Assombradas, Narrações do Infinito", Sonhos Estelares, Urânia, Estela, O Desconhecido, A Morte e seus Mistérios, Problemas Psíquicos, O Fim do Mundo e outras.

Camille Flammarion, segundo Gabriel Delanne, foi um filósofo enxertado em sábio, possuindo a arte da ciência e a ciência da arte. Flammarion − "poeta dos Céus", como o denominava Michelet − tornou-se baluarte do Espiritismo, pois, sempre coerente com suas convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e inovador.

O Espiritista

sábado, 30 de maio de 2009

Estudando o evangelho

A indulgência


Espíritas, queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.
A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.
A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, velados. Quando criticais, que conseqüência se há de tirar das vossas palavras? A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar; que valeis mais do que o culpado. Ó homens! quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. — José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)

Fonte:
O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. X, item 16.
O Espiritista

Página da semana

14-INDAGAÇÃO OPORTUNA

Disse-lhes: - Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?. (ATOS: 19:2).

A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunidade, nos círculos do Cristianismo.
Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já crêem, nas mais variadas situações.
Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações sociais.
Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes. Além, um enfermo recebe o socorro da caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de alívio físico. Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto antes.
Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são freqüentes.
Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram de alguma dor de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano.
A interrogação de Paulo continua cheia de atualidade.
Que espécie de espírito recebemos no ato de crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da indolência? O da pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros?
Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.
O Espiritista

Palestra do Raul Teixeira

Recebemos nesta quinta-feira, dia 28 de maio de 2009, o Tribuno Espírita Raul Teixeira, que em mais uma noite feliz nos proporcionou grandes reflexões sobre a maravilha dos postulados de nossa doutrina.
Agradecemos o comparecimento em grande número de companheiros de outras casas co-irmãs que prestigiaram esse grande evento lotando o nossos salões de palestras.
Esperamos ter outras oportunidades de ofertar a todos, oportunidades de aprendizados como o desta abençoada noite.
Saudações,
Departamento de doutrina.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Estudando o evangelho

Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos

Disse a outro: Segue-me; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu vá enterrar meu pai. — Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59 e 60.)

Que podem significar estas palavras: “Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos”? As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tornar perceptível.

A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra. O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que temporariamente cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em libertar-se. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o Espírito ausente quem o infunde. Ele é análogo àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guardam como relíquias. Era isso o que aquele homem não podia por si mesmo compreender. Jesus lho ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.

Fonte:
O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. XXIII, itens 7 e 8.
O Espiritista

sábado, 23 de maio de 2009

Página da senana

13-ERGAMO-NOS


Levantar-me-ei e irei ter com meu pai.. - (LUCAS, 15:18.)
Quando o filho pródigo deliberou tornar aos braços paternos, resolveu intimamente levantar-se.
Sair da cova escura da ociosidade para o campo da ação regeneradora.

Erguer-se do chão frio da inércia para o calor do movimento reconstrutivo.

Elevar-se do vale da indecisão para a montanha do serviço edificante.

Fugir à treva e penetrar a luz.

Ausentar-se da posição negativa e absorver-se na reestruturação dos próprios ideais.

Levantou-se e partiu no rumo do Lar Paterno.

Quantos de nós, porém, filhos pródigos da Vida, depois de estragarmos as mais valiosas oportunidades, clamamos pela assistência do Senhor, de acordo com os nossos desejos menos dignos, para que sejamos satisfeitos? Quantos de nós descemos, voluntariamente, ao abismo, e, lá dentro, atolados na sombria corrente de nossas paixões, exigimos que o Todo-Misericordioso se faça presente, ao nosso lado, através de seus divinos mensageiros, a fim de que os nossos caprichos sejam atendidos?

Se é verdade, no entanto, que nos achamos empenhados em nosso soerguimento, coloquemo-nos de pé e retiremo-nos da retaguarda que desejamos abandonar.

Aperfeiçoamento pede esforço.

Panorama dos cimos pede ascensão.

Se aspiramos ao clima da Vida Superior, adiantemo-nos para a frente, caminhando com os padrões de Jesus.

―Levantar-me-ei, disse o moço da parábola.

―Levantemo-nos, repitamos nós.
O Espiritista

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A vida futura

Diminui, dia a dia, o número das pessoas, muito acirradas aos princípios religiosas que professavam desde pequeninas, onde aprenderam com seus pais e avós suas primeiras noções de religião, que lhes ensinavam que o indivíduo “morria” e, dessa forma, mais nada existia dele em termos de vida, como se fosse ele um simples objeto qualquer, sem nenhuma outra finalidade.

Isto porque, o indivíduo busca incessantemente explicações lógicas para o fato de sermos criados sem um objetivo plausível para nossas vidas, e, pode verificar que não morrem somente os mais velhos, os que já viveram algum tempo, mas sim, velhos e novos. Dessa forma, chega cada vez mais facilmente à conclusão de que algo muito acima de nossas antigas concepções está por trás de tantos acontecimentos que se sucedem diariamente.

Analisando com mais atenção e profundidade, pode facilmente observar, fatos que pareciam não terem nenhuma explicação, como por exemplo o grande número de seres que morrem em tenra idade, aparentemente sem nenhuma finalidade, o que vem de encontro a tudo o que se ouve falar desde criancinha, de que Deus é todo poderoso, infinitamente bom e justo.

Ora, em sendo assim, alguns questionamentos logo saltam aos nossos sentidos: Onde encontrar bondade e justiça de um Pai soberanamente bom e justo, que permite mortes tão cruéis de crianças que só encontraram violência e desamor na curta passagem que tiveram pela vida física, sem que sequer tenham contribuído para tamanha desgraça? Como ver bondade e justiça num Pai, que permite ser um filho seu morto no útero de sua própria mãe, pelo aborto covarde?

Essas indagações, que nos embaraçaram em outras oportunidades encontram explicações lógicas, na sabedoria da mensagem trazida pelos prepostos de Jesus com o advento do Consolador prometido, hoje, sabemos que é infalível a sua justiça, e que o que plantamos ontem, hoje colhemos de forma nem sempre tão calma e confortável.

Foi Jesus quem primeiramente nos afirmou que “a cada um seria dado segundo as suas próprias obras”, deixando ao nosso inteiro critério fazer o bem ou o mal, pois, para isso, a Paternidade Divina nos equipou de inteligência, dando-nos ainda a consciência equipada com as bênçãos de suas Leis Sábias e Justas.

Preciso se faz, entendamos o quanto antes, que não somos simplesmente vítimas da vida, esquecidos por Deus e entregues à própria sorte, somos sim, seus filhos muito amados e temos todo o seu apoio e as ferramentas de que necessitamos para preparar uma vida de felicidades e alegrias num futuro que começa desde já, pelas construções que empreendemos.

Os Celestes Emissários do Mestre de Nazaré, responderam ao questionamento de Allan Kardec, sobre o cuidado de Deus para com todos os seus filhos obtendo o esclarecimento que segue:

963. Com cada homem, pessoalmente Deus se ocupa? Não é Ele muito grande e nós muito pequeninos para que cada indivíduo em particular tenha, a Seus olhos, alguma importância?

“Deus se ocupa com todos os seres que criou, por mais pequeninos que sejam. Nada, para Sua bondade, é destituído de valor.”

Que Jesus nos envolva e nos inspire para uma melhor plantação no hoje presente, para uma proveitosa colheita no porvir.

Fonte:
O Livro dos Espíritos – FEB, 81ª edição.


Francisco Rebouças.

domingo, 17 de maio de 2009

A honra de ajudar!

"Glória porém e honra e paz a qualquer que obra o bem". Paulo; Romanos 2/10. ¹

A flagrante indiferença do homem da atualidade ante o sofrimento a dor e a necessidade do próximo, é algo que reclama urgentes medidas de combate nos corações de emoções congeladas.
A humanidade revive os dias distantes do passado, onde o indivíduo movido pelos instintos animalizados que o conduziam, porque se achava embrutecido, indiferente aos problemas alheios, cruel e desumano, buscando apenas a satisfação de suas necessidades primitivas.

Esse seu comportamento dos tempos recuados do passado, em que a ignorância das coisas do espírito era completa, precisa ser definitivamente banida de sua vida, pois, o avanço científico, tecnológico, intelectual etc., nos permitiu o conhecimento do mundo espiritual, e, foi o próprio Jesus quem nos trouxe a certeza da vida além do túmulo, quando nos afirmou: "Meu reino não é deste mundo", e também que; "Há muitas moradas na casa do meu Pai". ²

À medida que o homem cresce em conhecimentos espirituais, mais desenvolve em seu íntimo, os nobres sentimentos de solidariedade e caridade para com seu semelhante, não permitindo que a indiferença lhe congele o coração, ensejando em si, o controle e o combate do egoísmo exacerbado causador da falta de solidariedade e da ação beneficente para com seu irmão em caminhada, estimulando-o dessa forma ao trabalho em prol da alegria e da felicidade sua e de todos.

Se, não lhe for possível acabar definitivamente com o sofrimento alheio, procura minimizá-lo ao máximo, com o que lhe for possível fazer; se defronta com uma multidão de necessitados e sabe não ser capaz de resolver o problema de todos, procura auxiliar o primeiro que lhe aparece, fazendo com amor sua parte, entregando a Deus o que lhe foge ao controle.

Para saber como auxiliar o necessitado do caminho, basta seguir a regra simplificada contida no Evangelho de Jesus, colocando-se no lugar do outro, e certamente saberá o que gostaria que alguém fizesse em nosso favor.

É preciso, ter sempre em mente, que ninguém está isento dos imprevistos da caminhada evolutiva, onde quem hoje está em posição de superioridade, amanhã poderá se encontrar em posição de inferioridade e vice-versa; dessa forma, é de suma importância aprender o quanto antes a utilizar as mãos no serviço de solidariedade que a vida nos convida diariamente, com a nobre finalidade de abrir o nosso coração para o estabelecimento da fraternidade e do amor que precisamos desenvolver para o nosso próprio crescimento em direção à felicidade e à pureza espiritual para a qual estamos destinados.

Urge antão, darmos os primeiros passos, que são sem dúvidas os mais difíceis de serem dados, e com nossa força de vontade e disposição na repetição das ações nobres em nossas atitudes diárias, estaremos nos credenciando pouco a pouco a recebermos a ajuda dos prepostos do Mestre de Nazaré, que virão em nosso auxílio, impulsionando-nos ao progresso e a santificação dos nossos sentimentos mais íntimos latentes em nosso Ser espiritual, contemplando-nos com a satisfação interior, permitindo-nos prelibar o gosto delicioso da felicidade que a Terra nos permite desfrutar.

Bibliografia:
1) Epístola de Paulo; Romanos 2/10;
2) E.S.E.-FEB, 115ª edição, Cap. II, item 1;
3) E.S.E.-FEB, 115ª edição, Cap. III, item 1.

Francisco Rebouças

sábado, 16 de maio de 2009

Página da semana

12-IMPEDIMENTOS

"Pondo de lado todo o impedimento... corramos com perseverança a carreira que nos está proposta". - Paulo. (HEBREUS, 12:1.)


Por onde transites, na Terra, transportando o vaso de tua fé a derramar-se em boas obras, encontrarás sempre impedimentos a granel, dificultando-te a ação.

Hoje, é o fracasso nas tentativas iniciais de progresso.

Amanhã, é o companheiro que falha.

Depois, é a perseguição descaridosa ao teu ideal.

Afligir-te-ás com o fel de muitos lábios que te merecem apreço.

Sofrerás, de quando em quando, a incompreensão dos outros.

Periodicamente encontrarás na vanguarda obstáculos mil, induzindote à inércia ou à negação.

A carreira que nos está proposta, no entanto, deve desdobrar-se no roteiro do bem incessante...

Que fazer com as pessoas e circunstâncias que nos compelem ao retardamento e à imobilidade?

O apóstolo dos gentios responde, categórico:

"Pondo de lado todo o impedimento".

Colocar a dificuldade à margem, porém, não e desprezar as opiniões alheias quando respeitáveis ou fugir à luta vulgar. É respeitar cada individualidade, na posição que lhe é própria, é partilhar o ângulo mais nobre do bom combate, com a nossa melhor colaboração pelo aperfeiçoamento geral. E, por dentro, na intimidade do coração, prosseguir com Jesus, hoje, amanhã e sempre, agindo e servindo, aprendendo e amando, até que a luz divina brilhe em nossa consciência, tanto quanto inconscientemente já nos achamos dentro dela.
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel
O Espiritista

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A Falta de fé

Watford, 08/05/06


Entre tantas virtudes que o homem precisa desenvolver em si, está a fé, combustível que movimenta o Espírito Imortal em direção aos cimos da criação; tão necessária em nossa vida, quanto o ar que respiramos e nos renova, a luz do sol que nos aquece e ilumina, ou mesmo quanto à água que nos dessedenta refrescando-nos e nos sustentando a vida.

Não há, nestas simples comparações, qualquer conotação de exagero, é exatamente dessa forma que nosso espírito necessita da bênção que só a fé nos pode fornecer, para não se perder num oceano de dúvidas, temores, medos e desesperanças, que comumente identifica o Ser que não traz em si as dádivas que a fé propicia, dando a seu possuidor a calma, a serenidade, e a confiança que eleva e ilumina.

O homem sem fé, é alguém que traz n’alma sérias seqüelas das más experiências vivenciadas no passado, e, por isso mesmo, não crendo na justiça de forma alguma, vive numa angústia inquietante que não lhe permite um só instante de paz; dessa forma, recusa-se a aceitar que exista algo ou alguém Superior à humanidade, acreditando exclusivamente no que consegue vê e vivenciar em sua vida diária, e por só acreditar naquilo que pode perceber a sua volta, e, porque ao seu redor só vê desgraças, misérias, dores, guerras, crimes etc., não concebe que tudo o que lhe parece caos, está sob rigoroso controle de um comando absolutamente justo e bom.

Muitos, desses descrentes irmãos, foram levados ao encontro da fé por correntes religiosas que lhes falaram, de milagres que nunca presenciaram, de que faziam parte de uma pequena assembléia da qual todos seriam salvos por serem os únicos que seguiam as verdadeiras palavras de Deus trazidas até eles pelo próprio Senhor do Universo, e que por isso mesmo, acreditavam que ao desencarnarem estariam junto ao Mestre de Nazaré no paraíso exclusivamente reservados para eles, entre outras tantas promessas sem nenhum fundamento.

Mas, ao se verem sem a vestimenta física, depararam-se com uma realidade muito diferente de suas expectativas, e, desiludidos, contrariados, irados e até mesmo revoltados, contra tudo e contra todos, voltam à esfera física trazendo sem sequer perceberem as marcas das desilusões que esses ensinamentos equivocados e sem fundamento, muito contribuíram para que acontecesse, pois, se surpreenderam tão vivos quanto antes, sem no entanto desfrutarem das vantagens que esperavam e acreditavam que encontrariam.

Dessa forma, renascem com essas decepções impressas em seus registros psíquicos, e se mantêm céticos por muito tempo, contestando e combatendo os princípios religiosos de quem os professe, e assim permanecerão até que a Soberana Sabedoria do Universo, os matriculem em novas e abençoadas escolas de fé, através de fatos e acontecimentos que lhes mostrarão a realidade do espírito Imortal, a caminho da felicidade eterna e verdadeira.

É, portanto, necessário que diante de tantas formas infundadas e equivocadas de interpretação das mensagens contidas no Evangelho de Jesus, que se espalham por todos os lados nas correntes religiosas que se multiplicam mundo afora, gerando descrença e revolta em muitos corações desiludidos, é que devemos estar sempre alerta para identificar os pseudo-sábios, ou como nos informa o Evangelho os falsos profetas, que em nome do Mestre de Nazaré transmitem suas idéias mesquinhas e mal intencionadas, arrebatando uma multidão de incautos.

É, preciso que observemos tudo e todos quantos se referirem aos conceitos religiosos, procurando analisar com profundidade as teses e concepções que nos forem apresentadas, usando para tanto o crivo da razão do equilíbrio e do bom-senso, para não cairmos também por nossa vez nos despenhadeiros das desilusões e da loucura.

E, neste particular, salve a Doutrina Espírita que abraçamos em boa hora, pois, seus conceitos nos fazem refletir por nós mesmos, não nos obrigando a crer naquilo que a nossa inteligência desaprova e nos faz rejeitar, como seres humanos que somos capazes de pensar, analisar, pesquisar, observar e discernir, afirmamdo-nos: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade. (E.S.E.).

Espírito: Josepha.
Por: Francisco Rebouças.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

Falando às mães!

SER MÃE!

Bem, isso não sei definir
Mas sei o bom que e ter,
Mãe para mim é amor
Sem ela, é difícil viver.

Não consigo sequer imaginar...
O mundo sem essa benfeitora,
Representante de Deus entre os homens
É médica, enfermeira, mulher, professora.

Deus abençoe as mães nesta data
Fortalecendo-lhes o bom ânimo, com muita saúde,
Para que toda humanidade possa imitar,
Seus exemplos, suas atitudes.

Pai Bondoso de todas as mães
Quero pedir-te neste domingo vindouro
Muita paz em todos os lares,
Muito carinho para esse tesouro.


Francisco Rebouças.
=-=-=-=-=-=-=-=
O Susto Didático

Um dia, sonhei que havia perdido minha mãe. Sepultei-a e fui voltei à minha casa, com meu pai e minha irmã. Nada havia mudado, mas o sol começou a se por; devia ser umas cinco e meia da tarde. Fiquei sozinho, em meu quarto.

Foi quando lembrei alguns problemas para os quais ainda não encontrara solução, bem como de procurar minha mãe, em busca de auxílio. Só então percebi que ela não mais estava perto de mim. Eu a deixara noutro lugar, sem que me tivesse dado conta por completo da dramaticidade e irreversibilidade de tal situação. Eu, até então, não havia entendido que era o fim.

A partir de agora eu teria de resolver tudo por mim mesmo. Senti-me desesperado, esquecido - “Oh, Senhor, o que seria de mim num mundo frio e hostil?!” – pensava, em atitude de desespero; e eu já não sabia se eu seria capaz de sobreviver a tão radical e violenta mudança em minha vida. Foi como se tivessem arrancado um pedaço de meu coração.

Acordei e tentei me resignar com o espiritismo, que ampara, instrui e até acalma; mas nem ousa aproximar-se do imediatismo e calor do contato físico.

Triste, fúnebre, desamparador – mas edificante. Um alerta para a importância que uma mãe tem para um espírito. Quantas almas saem das trevas em sendo levadas a mentalizar a imagem de suas mães? Foi quando entendi de forma empírica que mãe é um apoio espiritual outorgado por Deus, em socorro nosso. É que Ele sabe que se as não tivéssemos, talvez nos perdêssemos nos vales trevosos que compõem o caminho rumo a luz. Sua existência é a prova cabal da existência de uma inteligência superior a assistir-nos; e a lembrança que nos inspira a esperança e o otimismo, mesmo nos momentos mais difíceis, num mundo tão perverso.

Só mesmo o amor de uma mãe seria capaz de tal dádiva.


Autor:
Rodrigo Elmas

Página da semana

11-GLORIFIQUEMOS

Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. - Paulo FILIPENSES 4:20
Quando o vaso se retirou da cerâmica, dizia sem palavras:

- Bendito seja o fogo que me proporcionou a solidez.

Quando o arado se ausentou da forja, afirmava em silêncio:

- Bendito seja o malho que me deu forma, Quando a madeira aprimorada passou a brilhar no
palácio, exclamava, sem voz:
- Bendita seja a lâmina que me cortou cruelmente, preparando-me a beleza.

Quando a seda luziu, formosa.. no templo, asseverava no íntimo:

- Bendita seja a feia lagarta que me deu vida.

Quando a flor se entreabriu, veludosa e sublime, agradeceu, apressada:

- Bendita a terra escura que me encheu de perfume.

Quando o enfermo recuperou a saúde, gritou, feliz:

- Bendita seja a dor que me trouxe a lição do equilíbrio.

Tudo é belo, tudo é grande, tudo é santo na casa de Deus.

Agradeçamos a tempestade que renova, a luta que aperfeiçoa, o sofrimento que ilumina.

A alvorada é maravilha do céu que vem após a noite na Terra.

Que em todas as nossas dificuldades e sombras seja nosso Pai glorificado para sempre.
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

terça-feira, 5 de maio de 2009

Cuidemos da natureza

Caros amigos, eis uma das mais belas fotos que possuo, fico a meditar como a natureza pode ser tão bela.
Que seja do agrado de todos. Estamos tentando mostrar a exuberância da criação Divina, para que aprendamos a respeitar e cuidar da natureza com muito carinho.
Precisamos ter consciência de nossa responsabilidade para com o planeta, ou seremos as próprias vítimas de nossa irresponsabilidade.
Que Jesus nos possa ajudar inspirando-nos as melhores atitudes de amor e respeito à sua magnifica criação.
O Espiritista

domingo, 3 de maio de 2009

Análise de obras espíritas

Caros amigos, o conhecido trabalhador e estudioso da doutrina espírita Jose Passini, analisa à luz do Consolador Prometido mais essa obra, mostrando-nos graves equívocos e sérias confusões contidas na mesma. A referida obra pode até ser mediúnica mas, espírita jamais. Dessa forma, alertamos para que estudemos a doutrina que dizemos professar, para não comprarmos obras como esta, sem qualquer fundamento doutrinário.

Legião

Análise da obra “Legião – Um olhar sobre o Reino das Sombras”, psicografia de Robson Pinheiro.

Começamos a análise dessa obra, estranhamente, pelo posfácio, onde se lê que Francisco Cândido Xavier teria sido veículo de uma mensagem do Alto, recomendando ao médium que fundasse uma editora para a divulgação do seu trabalho mediúnico. Outra afirmativa inusitada é que Robson Pinheiro, o médium, médium teria sido salvo de desencarnação iminente, a fim de produzir livros, cuja publicação seria o sustentáculo da editora e de seus funcionários – conforme palavras do Editor –, o que constitui, sem dúvida, algo inusitado na prática espírita, que, a julgar pela prática corrente até agora, seria colocar-se o carro adiante dos bois.

“... A Editora – fundada por ele sob orientação dos imortais, dada primeiramente através da pena de Francisco Cândido Xavier – fora inaugurada, sobretudo, para a publicação dos livros recebidos através de sua própria psicografia. Caso fosse desencarnar em breve, como fariam os companheiros – 11 funcionários além de mim, editor – frente ao áspero desafio de manter uma casa publicadora em operação com somente pouco mais de 20 títulos em catálogo? Será que os espíritos trairiam, pela primeira vez, sua confiança, pensou ele, entregandolhe nas mãos tamanha fonte geradora de angústia ou, no mínimo, de inquietação, ao cruzar o outro lado da vida?” (471/472)

Pelas palavras do próprio Editor, vê-se que o objetivo maior não era a divulgação da Doutrina Espírita, mas a manutenção de uma editora.

Esse livro parece ter a finalidade de atemorizar pessoas que, conhecendo pouco ou nada da obra de Kardec, de Chico, Yvonne, Divaldo, José Raul, aceitam determinadas “revelações”.

Na obra “Libertação”, André Luiz, em 60 páginas, descreve como agem Espíritos voltados ao mal, como se organizam numa região trevosa, sem se deter em explicações minuciosas do poder do Mal, através de descrições atemorizantes, capazes de provocar a criação de quadros mentais negativos nos leitores. A obra “Legião” tem mais de 450 páginas de descrições mórbidas e até novelescas.

Na obra “Libertação”, o benfeitor Gúbio dosa prudentemente as revelações, entremeando-as com ensinamentos positivos.

Nessa obra que ora analisamos, há um distanciamento do Evangelho. Há uma clara intenção de introduzir, no meio espírita, figuras como Pai João de Aruanda, João Cobú (sic), buscando familiarizar os espíritas com práticas e terminologia claramente umbandistas.

Na obra de André Luiz e de outros benfeitores que continuaram o trabalho de revelação do Mundo Espiritual e suas atividades na Crosta, não se valem os benfeitores de nomes exóticos, estranhos, comuns na Umbanda, como Pai João de Aruanda, exu, quimbanda, bombonjira, pombajira, canguá, Caboclo Pena Branca, tatá, mandinga, aumbandã, quiumbas, canzuá, cavernícolas, caveiras, fura-terras, ondinas, salamandras...

Sabemos que existem inúmeros Espíritos desencarnados que, embora busquem o Bem, o fazem por métodos próprios e de forma independente, e se filiam a linhas de trabalho em que são vivenciadas práticas umbandistas, ocultistas, orientalistas e outras mais.

Sabe-se que existem inúmeras comunidades espirituais que, embora procurem fazer o Bem, não se acham ligadas ao trabalho organizado sob a égide de Jesus, onde são observados princípios de obediência, disciplina e estrita observância dos valores éticos contidos no Evangelho, em ações praticadas na mais perfeita consonância com a Doutrina que nos foi revelada através de Kardec.

No livro “A Caminho da Luz” (cap. 12), Emmanuel faz interessante revelação a respeito da diversidade de correntes de pensamento existentes no Mundo Espiritual: “As próprias esferas mais próximas à Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.”

Qualquer pessoa que tenha estudado – e não apenas lido – a obra de André Luiz tem uma visão clara do Mundo Espiritual, sem os prejuízos decorrentes da exploração de quadros negativos e da introdução de nomenclatura estranha e de práticas mágicas.

Observemos as seguintes particularidades na apresentação de um Espírito que se intitula orientador:

“– Olhe, Ângelo, meu filho, trabalhar como pai-velho não é algo tão simples assim. Não basta ter acumulado experiências como escravo ou conhecer algumas mandingas e depois manifestar-se por aí, fazendo benzeções. Nosso trabalho é bem mais amplo, e nossa preparação, mais complexa. A fim de desempenhar bem as funções que abraçamos, temos de nos especializar em diversas áreas do conhecimento oculto. Há que saber os detalhes da geografia astralina. (112)
Em “Obreiros da Vida Eterna” (231/232), fica-se sabendo que Benfeitores espirituais dissipam, antes do enterro, as energias remanescentes nos cadáveres de pessoas que respeitaram seus corpos, a fim de preservá-los da profanação, levada a efeito por Espíritos vampiros.

Na obra em exame, lê-se o seguinte: “Não dêem atenção a esses seres. São vampiros, que buscam vencer a resistência dos guardiões para roubar a energia sobrevivente (sic) dos corpos etéricos em dissolução.” (117)

Será que esses “corpos etéricos” conservam energias? E se estavam em dissolução, por que seriam necessários guardas para protegê-los? Quantos guardiões seriam necessários para ficarem velando pelos cadáveres em decomposição, até que o processo chegasse ao fim? André Luiz, na obra citada, diz que Dimas, o recém-desencarnado, estava ao lado do Benfeitor, enquanto este dissipava as energias do cadáver. Pai João diz que ficavam tomando conta do “corpo etérico” para que não fosse roubada sua energia... Que corpo seria esse? Onde fundamentar em Kardec afirmativa como essa?

“– O dirigente, despreparado, não conhecendo o simbolismo utilizado no astral, conclui que exu caveira é a representação do mal. Através de uma indução hipnótica e uma associação infeliz de idéias, alguns médiuns, a partir de então, deixam sua parte anímica falar mais alto e relatam coisas inacreditáveis a respeito dos guardiões. O espírito que deveria ser resgatado é liberado, como se fosse um sofredor, e o guardião ou exu é doutrinado, conforme dita o figurino adotado em larga escala nos centros espíritas. Terminada a reunião, o obsessor foi libertado, como se fosse um espírito necessitado, livre para voltar às suas atividades, e o guardião, que é o parceiro das atividades do bem, é confundido com espíritos maus.” (129)

Vê-se uma clara acusação de que as reuniões mediúnicas espíritas não se encontrariam preparadas para receberem os exus. Então, o espírito teria sido trazido preso, pelo exu, e os espíritas o libertam, retendo o exu para que ele receba doutrinação. É de se perguntar: que poder teria esse exu, que não pode libertar-se do poder de um médium? E o que quer dizer: “o espírito que deveria ser resgatado é liberado, como se fosse um sofredor.” Acusa os centros espíritas de libertar perseguidores e reter “guias”. E o que quer dizer com “espírito que deveria ser resgatado” ? Resgatado por quem?
– “Espiritismo? – o chefe dos caveiras deu uma estrondosa gargalhada. – Desculpe o jeito de me expressar, mas é que sinto pena de você. Os espíritas parecem ter criado um movimento tão cheio de preconceitos que dificilmente se interessam por algo a nosso respeito sem nos tachar de obsessores e acusar o médium de anti-doutrinário, como é seu costume.” (133)

O ataque aos Espiritismo continua...
“Dentro de instantes ouvíamos gritos e gemidos era algo tão aterrador que parecia vir de uma alma presa no lendário inferno criado pelos cristãos.” (134)

Os cristãos verdadeiros não criaram o Inferno, mas sim os teólogos.

“– Ao contrário do que muitos médiuns expressam, em seu animismo confundido com mediunismo, esses espíritos não se comportam do modo como são retratados pela incompreensão. Para nosso despontamento, muitos sensitivos, que desonram o verdadeiro trabalho dessas guardiãs, representam-nas, no momento da incorporação, utilizando palavrões, atitudes grotescas e maldosas, desprezando a oportunidade ímpar de concorrer para o equilíbrio do sentimento e das emoções, técnicas que elas dominam como ninguém no astral inferior.” (141)

Essa uma acusação leviana e infeliz, em que o autor tenta imputar aos médiuns espíritas, o uso de palavrões e atitudes maldosas, quando se incorporam as assim chamadas pombajiras ou bombojiras. No Mundo Espiritual revelado nas obras espíritas não há essa discriminação, inclusive na nomenclatura, entre trabalhadores do sexo masculino e feminino. Essa é uma prática umbandista, que o autor tenta imputar ao Espiritismo.

“Assim, se o feiticeiro do astral tiver um poder mental hipnossugestivo mais intenso, ele poderá inclusive manipular certos vírus e baterias cultivados em pântanos e charcos do umbral, que ordinariamente só se encontram em regiões inferiores, com vistas a transferi-los para o corpo físico de seus alvos. Usam os cavernícolas como transmissores ou vetores desses microorganismos etéricos, muitos dos quais completamente desconhecidos do homem. Em virtude do contato intenso e constante que promovem com o campo energético do enfeitiçado, dáse a transferência, o salto para o campo material. Sejam vírus, bactérias ou comunidades microbianas próprias do mundo astralino inferior, o fato é que se materializam ante a interferência da baixa feitiçaria, causando enfermidades variadas e dificilmente diagnosticada pela medicina terrena. (155)

Mais um trecho em que pretende criar quadros negativos na mente do leitor. Acaso vírus e bactérias seriam responsáveis por atitudes negativas de parte daqueles contaminados? Se assim fosse, deveria também existir vacinas contra esses “vírus e bactérias”. Até agora, sabemos que a vacina contra o mal é a prática das virtudes ensinadas por Jesus.

É sempre a ênfase ao mal. Além do mais, o que significa “baixa feitiçaria”? Haverá uma “alta”?

“– Enquanto isso, o preto-velho agregava elementos e agentes da natureza, evocando as salamandras e ondinas – elementais respectivamente ligados ao fogo e à água –, que, no momento devido, serviriam aos propósitos do trabalho.” (163)

Também aí, uso de palavras próprias de ambiente de magia, de ocultismo, sem um objetivo prático, edificante. Só novidade para os desconhecedores do Espiritismo, ou os amantes de ficção.

“A regra difundida nos meios espíritas é que o duplo etérico tem uma vida intimamente associada à existência do corpo físico. Quando o corpo morre, o duplo sobrevive por um período máximo de 40 dias, momento em que se decompõe e tem suas energias dispersas na atmosfera. De outra maneira seria fatalmente vampirizado por entidades sombrias. (243)

É de se perguntar, em que livro está registrada essa regra? São afirmações falsas e tão grosseiras, que quase não merecem comentários, mas, pergunta-se: se o “corpo etérico” vai se decompor, por que preocupar-se com ele? Além do mais, quando o autor diz que “seria fatalmente vampirizado”, está fazendo referência a alguém que tem vida própria, que vive... Na obra “Nos Domínios da Mediunidade”, de André Luiz, no cap. Durante o desdobramento do médium, este se afasta do corpo carregando uma porção de energia: “certas faixas de força, que imprimiam manifesta irregularidade ao perispírito”, que Clarêncio fez retornasse ao corpo físico do médium. É muito diferente desse “corpo etérico” relatado em “Legião”, que parece ter vida própria, e que poderia ser vampirizado.

“Após algum tempo preparando a ação de libertação, os guardiões da noite concentraram suas energias num ponto do campo de força. Vimos como o campo energético primeiramente inchou, como uma bolha, sob o influxo das emissões superiores, para depois arrebentar, em um estrondo avassalador. As energias liberadas só foram contidas devido à competência dos guardiões e especialistas sob o comando de Jamar.” (245/246)

A passagem acima refere-se à destruição de um campo de força que teria sido preparado por cientistas desencarnados, voltados ao mal. Esse campo reteria as energias dos “duplos etéricos”, que deveriam ser libertados. Depois, fala que “deveriam proteger os duplos da atmosfera fluídica do ambiente, à qual estariam mais expostos, temendo que poderiam contaminar os corpos vitais ali acondicionados (sic) e envenenar-lhes as reservas energéticas, provocando efeito direto sobre os corpos físicos a que estavam associados.” (245)

Vê-se acima que o autor pretende novamente dizer que os corpos etéricos estavam separados dos corpos vitais e esses separados dos corpos físicos. Então seriam Espíritos encarnados, libertos pelo sono de algumas horas? Na obra de André Luiz, não há notícia dessa separação: corpo energético num lado e corpo vital noutro. Em todos os casos de desdobramento, sempre há referências a corpo espiritual, ou perispírito. Nessa obra, vê-se claramente o intuito de confundir e de atemorizar, a fim de eles, sim, dominarem os incautos.

“Aos poucos, os senhores das sombras pretendem substituir a memória e o conhecimento do Cordeiro e de seus ensinamentos por deturpações e pseudoconhecimentos, cuja implantação se dará no cérebro espiritual dos corpos astrais de suas vítimas. Objetivam confundir e, no limite, extinguir a imagem de Jesus de Nazaré, o personagem histórico, que se perderia em meio a tantas falácias, uma atrás da outra.

A teoria a respeito da modificação da memória e do implante de novos conceitos e dados na mente do indivíduo também já existe, mas fica na dependência do modo como se consolidaria esse tipo de ação criminosa, em virtude do evidente dilema ético.” (266/267)

O que quer dizer com “evidente dilema ético” ?

“Tudo isso configura uma nova metodologia de ação desses seres da escuridão, uma forma mais sofisticada de obsessão, que desafia os modernos discípulos do Cordeiro a se atualizarem também. As trevas há muito vêm atuando com novas disposições e táticas para efetivar seus projetos entre humanos encarnados; e quanto aos defensores do bem? (266/267)

– Pelo menos existe alguma coisa por essas bandas! – tornou a falar Raul. – Esse animal estranho me lembra um imenso dragão negro...

Ambos fitaram o ser, que lhes dirigia o olhar ao virar a cabeça, mostrando o bico curvo, desconfiado. O animal do plano astral possuía uma envergadura de cerca de 8 metros. Pescoço longo e pelado, possuía pele negra e enrrugada, que fazia o papel das penas que lhe faltavam, com barbatanas de grandes proporções. Tudo indicava que o ser bizarro fora deixado para trás numa fuga apressada. Estava desvitalizado.

– Esses seres são utilizados pelos sombras como meio de transporte. Talvez devamos auxiliar essa criatura das profundezas a se restabelecer – falou Jamar.
Dizendo isso, ele concentrou toda a sua atenção na libertação do esdrúxulo habitante das profundezas sombrias do astral. Raul o acompanhou, “Dando uma mãozinha”, como me contaria mais tarde. A ave pré-histórica, então livrada do charco umbralino, ensaiou um bater de asas e depois rompeu as nuvens densas,como se fosse a coisa mais fácil do mundo, pairando a razoável altitude.
– Esses animais pré-históricos – informou Jamar – desempenham o papel de veículos para que os sombras realizem seu patrulhamento aéreo. Possivelmente tenha sido abatido durante um eventual combate.

Sua figura lembra fósseis dos primórdios da evolução terrena. É muito rudimentar e grosseira, como se tivesse vindo direto de uma expedição arqueológica. Hás quanto tempo estão por aí?

– Não sei precisar, Raul, mas o interessante é o modo como se mantêm vivos. São criações mentais dos magos, que, por meio de sua força psíquica, sustentam tais imagens: esse o segredo de perdurarem por séculos e milênios nos recônditos do astral. Como os senhores do mal não têm a capacidade de elaborarem formas superiores, e ainda têm nesses animais a associação com o seu passado longínquo, contemplamos aqui o fruto vivo de seu pensamento consistente e persistente. (284/286)

São criações mentais ou os chamados elementais artificiais, que sobreviveram ao evento dos magos. Buscam manter-se vivos alimentando-se da matéria astral e da fuligem mental encontradas nesta estância sinistra.

Pequenas formas mentais correspondentes a lagartos iam e vinham, correndo sem sentido, junto ao que restara das construções. (288)

Esses magos teriam o poder de criar seres que teriam vida própria, que, como vimos, necessitariam até de socorro para que se restabelecessem e, conforme dito, para serem: “utilizados pelos sombras como meio de transporte” ? Seria uma criação paralela à de Deus?

Em verdade, existem formas-pensamento que até podem ser vistas, conforme relatado na obra “Nos Domínios da Mediunidade”, de André Luiz (cap. 19). Ali há dois exemplos de “formas-pensamento”, que são apenas projeções mentais, e não criaturas dotadas de vida própria, que poderiam ser usadas por malfeitores espirituais.

Finalmente, seria necessário escrever-se uma outra obra para serem comentados todos os pontos negativos deste livro. Há citações de Kardec, sempre adaptadas às “revelações” que o autor, ou autores espirituais pretendem fazer. Não há nessa obra uma página que possa ser qualificada como espírita. Veja-se, como exemplo final, o texto abaixo:

“Durante muito tempo espiritualistas e espíritas viram-se diante da realidade patente da obsessão, porém considerando apenas os tipos clássicos: mono e poliobsessões, cujos agentes são, respectivamente, um único espírito e dois ou mais deles. No entanto, ao enveredar nas investigações psíquicas, os encarnados mais estudiosos notaram que outra metodologia vinha sendo empregada pelas sombras. Surgiram as primeiras observações quanto às obsessões complexas, que exigiam nova abordagem, além da consagrada técnica de conversação fraterna ou doutrinação. Entre as diversas ferramentas verificadas para instaurar o quadro obsessivo, descobriu-se, então, embora a relutância em admitir o fato, a existência de seres artificiais gerados em laboratórios do submundo astral. Juntamente com aparelhos parasitas, implantes de chips, projeção de campos de força magnéticos e de ação contínua, tais elementos acabam provocando desarmonia nas células físicas dos encarnados, até mesmo causando processos cancerosos. Sobretudo, são processos obsessivos que fogem à definição clássica.” (361/362)

Como se vê, fica declarado que a “consagrada técnica de conversação fraterna ou doutrinação” já foi superada, mas não há indicação alguma sobre o que a substituiria.

Diga-se, de passagem, que não se vê, na obra, nenhuma trecho em que o amor é colocado como terapêutica, conforme se vê nos livros do Chico e demais médiuns citados. Só há citações negativas, atemorizadoras, como essas: “... a existência de seres artificiais gerados em laboratórios do submundo astral. Juntamente com aparelhos parasitas, implantes de chips, projeção de campos de força magnéticos e de ação contínua, tais elementos acabam provocando desarmonia nas células físicas dos encarnados, até mesmo causando processos cancerosos.”

Subestimando o conhecimento e a argúcia do leitor, e partindo para a ficção, o autor declara: “Há décadas que, em determinadas reuniões mediúnicas, alguns dos integrantes suspeitaram ou detectaram a presença de seres diferentes, sem emoções, completamente destituídos de sentimentos. Contudo, não podiam expressar suas percepções sem que fossem confundidas com imaginação fértil e fantasiosa, ou tê-las enquadradas como efeito de puro animismo. Transcorrido o tempo, esses seres artificiais foram sendo percebidos com maior frequência, e, na atualidade, não se pode desprezar tais criaturas, fruto da tecnologia astral colocada a serviço da obsessão. (365)

Trata-se, como se vê, uma confusão grosseira com a clonagem física, como se vê declarado mais explicitamente no trecho a seguir: “Essa conclusão suscita algumas questões palpitantes, que merecem ser debatidas e estudadas por todos. Em que caso são usados os clones? Como é seu mecanismo de ação e com quais finalidades entram em cena?” (365)
Francisco Rebouças

sábado, 2 de maio de 2009

II Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro

II Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro

V Encontro dos Núcleos Espíritas Universitários

De 31/10 a 02/11/2009


Local: MACAÉ CENTRO - Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho


Objetivo Geral: Propiciar um espaço de convivência para os espíritas do estado do Rio de Janeiro, reiterando e evidenciando os compromissos com a Codificação Espírita, a Educação e a Promoção do Ser Humano na valorização da vida e na busca da felicidade.


Das Inscrições


INSCRIÇÕES ABERTAS!

As inscrições para “II Congresso Espírita do Estado do Rio de Janeiro - 2009” poderão ser realizadas pelo site, por email – mailto:–secretaria.congresso@ceerj.org ou por fax (22) 2762-3789.


Término das inscrições: 25 de outubro de 2009. Após esta data, a inscrição só será aceita no local do evento.


Valores:

R$ 40,00 até o dia 30 de junho
R$ 45,00 até o dia 31 de agosto
R$ 50,00 até o dia 25 de outubro
R$ 60,00 após o dia 25 de outubro
Almoço não incluído!


Procedimentos:

1- Fazer um depósito no valor acima descrito para:
Banco Bradesco S/A (237)Agência 1791-4 Mem de Sá - Conta poupança 1004950-4


2- Preencher a ficha, informando o seu CPF (brasileiro) ou número do passaport (estrangeiro), número do depósito, data e valor pago.


3- Informar o restante dos dados na ficha.


4- Enviar a inscrição:


Pelo site: clique no botão “enviar”.


Por email: encaminhe a ficha preenchida para: secretaria.congresso@ceerj.org

Por fax: encaminhe a ficha de inscrição preenchida para (22) 2762-3789.

Confirmação das inscrições Após a análise dos dados pela Secretaria do Congresso, será informado no site, através de relação nominal, e encaminhada por email (quando houver) a confirmação da inscrição.


Limite total de participantes: 2.000 pessoas.

Disposições Gerais

Casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora.


MAIS INFORMAÇÕES: congressoespirita@ceerj.org




O Espiritista